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Dr. Descobri nódulos na tireóide, devo me preocupar?

  • Foto do escritor: Dr. Daniel Muller
    Dr. Daniel Muller
  • 13 de jul. de 2023
  • 2 min de leitura

Os nódulos tireoidianos são comuns na população em geral, aumentam sua incidência com a idade, principalmente nas mulheres, chegando a acometer de 20-76% da população por estudos de ultrassom e 50% em estudos de autópsia.


Esses nódulos podem ser císticos, sólido-cisticos ou sólidos.


A grande maioria, mais de 90%, são benignos. Quando mais cístico o nódulo maior a chance de ser benigno.


Também existem os pseudonódulos, que são alterações da tireoide que parecem nódulos mas não são nódulos verdadeiros. As mais comuns são inflamações decorrentes de tireoidites por doença autoimune contra a tireoide; ex. tireoidite de hashimoto.


São três as maiores preocupações quanto ao nódulo:


1- Ser um câncer;

2- Produzir hormônios em excesso;

3- Apresentar crescimento e chegar a tamanhos que podem comprimir estruturas do pescoço como traquéia, esôfago, nervos que interferem na voz, além de também poder prejudicar esteticamente o paciente pelo volume da massa que ocupa a região cervical.


O ultrassom nos dá pelas características do nódulo a probabilidade de ser câncer. Quando o nódulo é suspeito pedimos a punção para saber que tipo de célula que está ali se benignas ou malignas.


Não é recomendado puncionar todo e qualquer nódulo sem critérios, isso pode atrapalhar muito mais que ajudar.


Os cânceres mais comuns são os carcinomas diferenciados (papilífero ou folicular) que apresentam comportamento indolente e elevada sobrevida.


Através dos exames de sangue conseguimos avaliar a produção ou não de hormônios tireoidianos em excesso, às vezes precisamos lançar mão da cintilografia de tireóide para avaliar quais nódulos que são funcionantes e também como diagnostico diferencial de outras doenças que cursam com aumento da produção hormonal que podem ocorrer em concomitância com nódulos de outra origem.


Os nódulos produtores de hormônios raramente são malignos.


O acompanhamento com ultrassom nos dá sinal da velocidade de crescimento e de surgimento de novos nódulos, além de mudança das características dos mesmos no decorrer do tempo. Desta forma é possível avaliar o melhor tratamento no melhor momento. Sem acompanhamento, há risco de se perder uma lesão maligna ou até perder o melhor momento de uma cirurgia, que pode se tornar mais complexa quando a tireoide está muito aumentada e comprimindo outras regiões.

 
 
 

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